Salmos 23 – Da Crise a Bonança
Nunca paramos para analisar para onde a crise que vivemos irá nos conduzir. Sempre questionamos o porquê da crise, e como resolve-la. Na pior das hipóteses, sempre pensamos que a crise irá culminar em uma situação precária de conseqüências desastrosas.O sentimento de falta é algo que aflige diretamente a todo ser humano. Desde o mais duro coração ao mais sensível. Não só e restritamente a falta de condições financeiras ou bens materiais, mais a falta de alguém, a falta de realizações, a falta de resultados, a falta de sonhos, a falta de esperança. O Salmista traz uma profundidade no tocante a falta, que vai alem do tangível, chegando a falta de tudo que satisfaça e traga paz ao coração do homem. Na figura do pastor, Cristo, é que supre todas as nossas faltas: O Senhor é o meu pastor e nada me faltará. No pos-crise, vemos a provisão, o cuidado e o zelo de Deus, que conhecedor de tudo e todos, sabe suprir as nossas faltas.
Em um plano bem menos importante, o salmista traz a questão da crise material, financeira e talvez possamos incluir aqui uma insatisfação profissional. Situações conflitantes, que trazer cansaço, stress e desencadeiam problemas de relacionamentos. Mais há solução é descrita com palavras tocantes e consoladoras: Deitar-me faz em verdes pastos, que indica prosperidade e guia-me mansamente a águas tranqüilas, fazendo menção ao caminho que nos leva a paz, a satisfação e ao sossego de alma.
A nossa batalha, é sempre travada no âmbito da alma. A alma o cerne das nossas emoções, vontades e pensamentos. A nossa tomada de decisão depende de como esta a nossa alma. Na crise, a tendência é reagirmos à pressão, ao problema, ao cansaço cedendo às emoções e a carne, a dor do corpo que nos fragilizam, assim errou e se acertamos algo, é como se ganhássemos na loteria. Sentimos-nos injustiçados e pagamos com injustiça. Sentimos-nos trapaceados, e assim reagimos. O salmista mostra que de Deus vem o alivio, quando somos sábios ao lidar com a crise. Refrigera a minha alma, alivia a minha alma. De Deus, também vem à justiça, quando guia-me pelas veredas da justiça por amor do teu nome.
Mais há momentos em que a crise ultrapassa os limites da capacidade humana, e de seu entendimento e aceitação. Você já parou para pensar que vivemos em função da morte? Mesmo que inconscientemente, vivemos pensando no que queremos fazer durante a vida, e somos imediatistas, imprevisíveis, precipitados, por que amanha pode não dar tempo. O que vou deixar para meus filhos? Quero trabalhar hoje, para ter uma boa velhice. Devemos ter uma vida planejada, e alvos a alcançar, mais não podemos ser escravos do amanha. O amanha, Deus dará conta, basta a cada dia o seu mal. E, ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum. O conforto, o consolo, a direção das nossas vidas estão em Deus. Por que tu estas comigo, a tua vara e o teu cajado me consolam. A um Deus que se importa a um Deus, o único Deus que nos guia e direciona.
Na crise somos afrontados, são muitos os que se levantam contra nós. Se multiplicam os nossos problemas, por conta dos que nos querem mal. Em dados momentos, somos expostos a humilhação publica, zombam-se da nossa limitação temporária. Somos expostos aos cobradores, aos publicanos, aos mutiladores da esperança. A sabedoria da crise esta em como reagir frente a ela. Enquanto somos ensinados, Deus esta preparando uma mesa, perante os inimigos. Confiando em Deus na crise, seremos honrados e se farão prosperas as nossas ações. Assim diz: unges minha cabeça com óleo (honra), e o meu cálice transborda (prosperidade).
Certamente, que a crise nos faz sofrer, nos parece injusto, nos parece infindável. Mais tão certo quanto a crise, esta o valor da crise. Se aprendermos com na crise, não iremos retroceder, pois somos aprovados. Assim como o ouro, que passa pelo fogo, e não deixa de ser ouro após ele, mas se torna mais refinado, mais valioso, assim somos nos.
E certamente que a bondade e a misericórdia nos seguirão, todos os dias de vida, e teremos livre acesso a Deus, por longos dias.
Douglas Faro, e pastor titular da Comunidade de Vidas Restauradas de Londrina-PR, casado com Denise e pai de Rebecca Vitoria.
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